Introdução
No dia de hoje, gostaria de expor como funciona meu processo criativo no ato da escrita de ebooks de ficção científica.
Meu propósito não é influenciar, incentivar ou ensinar um método correto de escrever, pois acredito que a criatividade funciona de uma forma diferente para cada pessoa. O objetivo aqui é apenas “sair da rotina” e abordar, para quem tiver alguma curiosidade, sobre como se desenvolvem minhas ideias visando um determinado ebook. Talvez eu dê algum exemplo de um ou mais ebooks de ficção científica, mas creio que isso seja irrelevante, pois o modus operandi é praticamente o mesmo. O gênero é o mesmo, as ideias são as mesmas, o que muda são os personagens e abordagens, talvez acrescentando algo científico e “enfeitando” a história com mais detalhes para poder diferenciá-la de outras histórias.
Desenvolvimento:
Acredito que a melhor forma de explicar meu processo criativo é exemplificando através de uma metáfora representada por uma imagem. O amigo leitor, caso esteja familiarizado com os meus ebooks, deve ser capaz de imaginar, uma vez que os mesmos geralmente são sobre alienígenas.
Imagine que o menino na imagem acima sou eu. Crianças são seres naturalmente curiosos e empolgados em relação a alguma coisa, seja ela ideia, pessoa ou objeto – no meu caso, ideias. Agora, tenha em mente que o alienígena da imagem representa uma ideia, pensamento ou inspiração que desagua numa escrita de ficção científica postada neste blog.
Repare: o alienígena não para de falar e, ao mesmo tempo, não cansa de se divertir com a criança, pois ambos estão conectados e interligados, como se um entendesse o outro de uma forma que nenhuma pessoa poderia substituir a criatura verde nessa prosa. O menino poderia facilmente trocar as brincadeiras rotineiras com as crianças de sua escola para passar um bom tempo com esse extraterrestre. Dedilhando suavemente nos teclados de seu notebook, a feliz criança consegue prestar atenção naquilo que o alien está falando e, ao mesmo tempo, fazer seu trabalho escolar cuja nota poderia lhe valer um semestre ou, quem sabe, um ano inteiro.
Explicação:
Não tem como negar, quando estou entusiasmado com uma ideia, gosto de me divertir juntamente com ela e, ao mesmo tempo, conceder muita seriedade naquilo que estou escrevendo (tal qual a criança quando realiza seus trabalhos escolares). Porque, quando não há diversão no processo, a criatividade não flui e os professores – ou leitores, no meu caso – podem dar nota 0 por tamanha falta de espontaneidade consequente de um engessamento supérfluo tão entediante.
É possível que, mesmo quando há espontaneidade e diversão, os professores possam zerar o trabalho do garoto e ainda reprová-lo por isso. Porém, ele ainda está de consciência tranquila; pois sabe que se aplicou verdadeiramente àquilo que estava fazendo juntamente com o seu amigo extraterrestre. Não estava querendo satisfazer expectativas ou tentando agradar àqueles que tinham o poder de aprová-lo ou reprová-lo, mas apenas dedicando-se sinceramente aos seu trabalhos escolares. Ora, se o motivo não era conquistar a atenção do professor, por que ele estava fazendo aquele trabalho escolar?
Simples. Ele gostava do assunto. Por isso estava tão comprometido e instigado a fazer o melhor trabalho possível, não dando relevância à nota final – mesmo que isso custasse sua reprovação.
No entanto, isso significa que ele menospreza seus professores? Ele se acha melhor a tal ponto de não se importar com a avaliação deles? Realmente, se acha superior e inteligente a ponto de desconsiderar as avaliações alheias?
De jeito nenhum!
O aluno procura entender a didática do professor e, consequentemente, melhorará da próxima vez a fim de extirpar aquele parâmetro prejudicial ao seu desempenho acadêmico. A estudiosa criança continuará ainda mais entusiasmada e interessada por seu trabalho, buscando aprimorar-se sempre.
Conclusão:
Este artigo é, de certa forma, importante para mim. Ainda sou uma criança e, desse modo, pretendo almejar abrir-me aos professores para que eles me avaliem, sem que eu perca meu interesse pela escrita.
Agora, preste atenção: se você for um escritor ou apenas um escritor amador (tal como eu sou), peço que olhe na imagem acima e reflita: você tem sido criança de mais ou adulto de mais? Você procura muita inspiração ou muita aceitação?